Benefícios do parto normal

por | dez 30, 2022 | Parto humanizado

“Nós temos um segredo em nossa cultura, não é que o parto seja dolorido, e sim que as mulheres são fortes” 

Laura Stavoe Harm

Você sabia que a cesariana só começou a se tornar um procedimento mais seguro em meados dos anos 1900? Antes disso, as técnicas cirúrgicas e anestésicas eram associadas a elevada taxa de complicações e mortalidade. Ou seja: dos mais de 300 mil anos de história da humanidade, a “cirurgia para extração fetal” existe, de forma próxima ao que conhecemos hoje, há menos de 100.

Observando a evolução da vida da Terra, a natureza, as mais variadas espécies, sabendo que há o objetivo essencial de que sejam perpetuadas no planeta, a gente pode se perguntar: haveria essa sabedoria, que tudo guiou de forma tão bela, falhado na hora de desenvolver e aprimorar o mecanismo do parto?

Já dá pra imaginar que responderemos que não, né?! Todos os processos e mecanismos de gerar, gestar e parir também carregam beleza e sabedoria. É claro que atualmente há o benefício de termos inúmeros avanços científicos que fornecem mais informações e desenvolvem recursos de auxílio para quando são necessários. E é exatamente esse avanço que nos diz, ou nos lembra, que parir é bom (no sentido mais amplo que puder imaginar).

A gestação humana a termo (com 9 meses completos) dura, em média, 40 semanas – tempo para que o bebê possa se formar e amadurecer para viver do lado de cá,  mas ainda precisando de apoio e cuidado para completar seu desenvolvimento após nascer. Sabiamente, os ossos de seu crânio são separados por membranas maleáveis que podem se moldar e reduzir o tamanho de sua cabeça para passar pela pelve materna. Esta, por sua vez, é articulada e tem mecanismos para ampliar seus espaços.

A dinâmica da relação entre o bebê, sua mãe e sua placenta (e como ela vai se modificando com o avançar da gestação) está relacionada ao início espontâneo do trabalho de parto. Um bebê maduro tem mecanismos hormonais e celulares para começar a enxugar seus pulmões, embebidos em líquido amniótico. A placenta, órgão poderoso produzido com o fim exclusivo de gestar, envelhece e reduz a produção de outros hormônios. O corpo da mulher vai cedendo espaço, literalmente se abrindo, relaxando, para permitir que ocorra esse verdadeiro rito de passagem.

E é por isso que dizemos que a única prova de que o bebê está realmente pronto para nascer é o trabalho de parto. Formado já está há mais tempo. Maduro, não necessariamente. E esse é, talvez, o mais significativo benefício do parto normal: respeitar o tempo de seu bebê sinalizar que está pronto, deixá-lo escolher a hora de nascer.

A cascata hormonal desencadeada no trabalho de parto, que traz as contrações uterinas, o desligamento do cérebro racional (por isso o estado alterado de consciência, apelidado de partolândia), a produção de ocitocina (hormônio do amor, do vínculo, do orgasmo), de endorfina, entre outros, sinaliza também pro bebê que a travessia começou. É força que o impulsiona e o estimula a também colaborar com o processo. Logo após o nascimento, a mulher experimenta o maior pico de ocitocina de sua vida – hormônio que significa êxtase, amor e, imagine, contração uterina, redução do risco de hemorragia e facilitação da ejeção do leite para início do aleitamento materno. A temperatura de seu corpo se eleva de 1 a 2 graus e seu colo se torna o útero externo perfeito para receber seu bebê, aquecê-lo e regular o ritmo de sua respiração.

O trabalho de parto e o parto também mexem com nossa microbiota – aquelas bactérias do bem que contribuem para nossa saúde. O bebê, ao passar pelo canal de parto e ficar em contato pele a pele com sua mãe, é colonizado por esses microorganismos, o que lhe dará benefícios ao longo de toda a sua vida, como redução de risco de alergias, doenças autoimunes, diabetes.  

A mulher que se permite essa vivência e é cuidada de forma segura, respeitosa e amorosa redefine seus parâmetros de força e capacidade, além de poder guardar na memória o cheirinho de céu que tem sua cria logo que sai de seu ventre. Ela também se recupera mais rápido, perde menos sangue, tem menos infecções e evita os riscos anestésicos, de lesão de órgãos internos e outros relacionados à cirurgia (vale a pena assumi-los quando há indicação clara de cesariana como via mais segura para o nascimento).

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Vale a pena!

Recebemos com frequência relatos de mulheres que têm saudades de parir, saudade do dia do parto e de todas as inundações emocionais, hormonais, amorosas e potentes pelas quais passaram.  

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