Qual é o melhor lugar para o bebê nascer nesse cenário de pandemia?

por | abr 16, 2021 | Covid 19

A pandemia da Covid-19 trouxe à tona uma reflexão necessária, mas não inédita. Com receio de contaminação pelo novo coronavírus no ambiente hospitalar, as mulheres e suas parcerias têm se perguntado: há outras opções seguras para o meu parto?

Até o século XVII, o parto era considerado essencialmente um assunto de mulheres, acompanhado na intimidade dos lares por parteiras e mulheres do círculo familiar. Aos poucos, com a institucionalização da medicina e a organização do saber acadêmico, acompanhado do desenvolvimento de instrumentos e intervenções como o fórceps, a analgesia e a cesariana, o parto foi migrando para o hospital e o fazer do parto para profissionais da medicina. 

 

Apesar dessa migração ter proporcionado segurança para algumas gestações de alto risco que não tinham acesso à intervenção médica quando ela era necessária, o modelo centrado no hospital e em tecnologias não trouxe resultados significativos de melhorias na saúde das mulheres e dos bebês saudáveis, pelo contrário. Ao tratar todo nascimento como um evento perigoso, urgente, que deveria acontecer dentro de um ambiente asséptico e controlado, foi-se perdendo o conhecimento sobre as necessidades básicas de uma mulher durante o trabalho de parto.

Quando a ciência voltou a olhar para essas práticas, percebeu-se que mulheres com gestação de risco habitual (sem doenças como pressão alta, diabetes) e bebês sadios não precisam nem de hospital nem de cuidado médico obrigatoriamente. Grandes estudos revelam que os resultados de saúde materna e infantil num modelo de cuidado prestado por parteiras profissionais¹ são equivalentes e não apresentam prejuízos em relação ao cuidado médico, além de apresentar menos risco de intervenções e maior satisfação com a experiência do parto.

Para que um parto aconteça fora do hospital com segurança,  a gestação precisa ser de risco habitual (mulheres e bebês saudáveis), sendo essa classificação confirmada a cada encontro pré-natal. Durante o trabalho de parto, o bem estar das mulheres e dos bebês são monitorizados com bastante atenção e, caso haja qualquer alteração, a transferência é feita para o hospital, com continuidade do cuidado pela equipe de enfermeira obstetra que já estava acompanhando a mulher no parto, em conjunto com a equipe médica da Luz de Candeeiro.

Esses itens juntos – respeito às necessidades básicas da mulher em trabalho de parto, dentro de uma ambiência que favorece que o parto flua na sua maior potencialidade, monitoramento do bem estar materno e fetal e encaminhamento seguro quando necessário, contando inclusive com unidade de transporte adequada e equipe hospitalar de retaguarda e prontamente disponível – trazem tranquilidade para uma vivência positiva, segura e feliz do parto e nascimento. 

Além dos componentes que estamos habituadas a procurar quando pensamos em parto – conforto, segurança e felicidade – a pandemia de COVID-19 trouxe outro aspecto a se preocupar: a microbiota do parto.

Hospitais são lugares especialíssimos para o tratamento de pessoas doentes, e, por isso mesmo, não há como não serem locais “colonizados” por microorganismos patológicos. Os bebês, ao nascerem, começam seu processo de colonização por bactérias que vão acompanhá-los pelo resto de sua vida, a famosa microbiota, anteriormente chamada de flora bacteriana. Essa microbiota é tão importante que atualmente tem sido considerada como um órgão à parte, determinando inclusive maior ou menor propensão a doenças por toda a vida do indivíduo. Se quiserem estudar mais sobre isso, há um documentário chamado “Microbirth” que traz um mundo de informações científicas a respeito. 

Pois bem, se o nascimento não é um evento médico, nem tampouco estéril, mas um evento da intimidade, da privacidade e da sexualidade femininas; se o bebê nasce precisando ser colonizado por bactérias domésticas e não bactérias hospitalares cada vez mais resistentes a antibióticos; se estamos em meio a uma pandemia de um vírus, com um sistema de saúde sobrecarregado e à beira do colapso… será, então, que não é hora de voltarmos nossos olhos para a simplicidade do nascimento e reservar os hospitais para quem precisa deles, deixando que o parto e o nascimento de risco habitual voltem a ser experiências simples, fisiológicas e que podem acontecer fora do hospital com bastante cuidado, segurança e felicidade?

Ficou com vontade de conhecer mais sobre essa possibilidade? Liga para a gente, marca uma consulta e vem conhecer esse modelo de atendimento que une o melhor dos dois mundos.

É só clicar aqui!

¹ Parteiras: no Brasil, são enfermeiras obstetras e obstetrizes. 

WhatsApp

Eu gostaria de conhecer a luz!

(61) 9557-0866