Relato de Parto da Sylvia, nascimento do Cadu

por | fev 15, 2022 | Relatos de Parto

Cadu chegou na Terra 00:30 do dia 14/12/21 com 43cm e 2,175g( pequeno igual a mamãe dele)

Bom vamos lá, começando pelo básico, não criar expectativas de que o planejado vai acontecer.

Desde de a concepção do Cadu o que mais vivemos foram revoluções e amparo espiritual.

A vinda de Cadu nos fez mudar da Irlanda pro Brasil, alugar uma casa na zona rural e procurar um parto humanizado no qual encontramos com a maravilhosa equipe da luz de Candeeiro.

A gravidez foi toda de baixo risco, sem nada fora do normal o que cada vez mais nos confirmava que o parto seria na casa de parto como planejado e tudo correria dentro do plano, porém como a vida é a vida e nos não controlamos nada, tudo acontece como não esperado.

No final da gestação com 36/ 37 semanas foi solicitado um ultrassom pela esquipe que me acompanhou o pre natal todo pois não havia ocorrido o crescimento esperado do fundo de útero o que suspeitou uma talvez restrição de crescimento.

Não ficamos tão apreensivos porque tinha ocorrido isso antes e no ultrassom deu tudo bem. O mais rápido que conseguimos marcar o ultrassom foi pra segunda dia 13/12 uma semana depois do pedido médico.
Dia 12/12/21 tivemos o chá do Cadu onde todos cantamos emanamos vibrações para a chegada do Cadu.
Foi tanta vibração que na mesma noite de domingo pra segunda comecei a ter contrações estava com 37 semanas e 3 dias.
No início achei q era dor de barriga pois comi muitas besteirinhas no chá do Cadu.
Porém na parte da manhã de segunda vi q tava indo e voltando a dor mesmo dps de ir ao banheiro e em algum momento saiu uma secreção levemente marrom que eu desconfiei ser o início da saída do tampão mucoso.
Contactei a equipe da luz e expliquei o que estava ocorrendo, elas pediram pra eu contar a contração pra ver. As contrações não estavam ritmadas, então me aconselharam descansar, comer dormir porque poderia durar horas ou dias.

Então fui comer, tentei assistir friends pra distrair mas nunca é fácil. Terminei a mala da maternidade que já estava quase pronta e as 15 hrs fomos fazer o ultrassom, marcado na semana anterior, pra ver o crescimento do Cadu.
Estávamos mais ansiosos pensando no parto e não no ultrassom.
Porém no exame terror e pânico, o Cadu estava realmente com restrição de crescimento e nesse caso um parto com 37 semana era necessário.
Mas pera aí, estávamos com 37 semanas e 3 dias e com contrações, então mesmo com terror de talvez ir pra um parto de emergência tinha o conforto de estar já com contrações.

Sai dali mal, bem mal querendo chorar, nessa hora vem aquele pensamento maldito, cara será o que eu fiz, será que deveria ter comido mais, por que esse bebê está passando por isso?
Estávamos saindo do exame e já conversando com o pessoal da luz, o tempo todo, estávamos no final da asa sul e a equipe falou pra esperarmos por ali mesmo pra indicar os próximos passos.
Ficamos parados no estacionamento da lbv, e uma hora fui fazer xixi, chorei no banheiro mas algo tbm me lembrava, nossa estou na LBV com contrações quanta luz e amparo temos. O templo tem uma energia de outra dimensão maravilhosa.

Depois de algum tempo a equipe nos ligou e indicou que fossemos pra maternidade de Brasília, já que o parto na casa de parto estava fora de questão por conta da restrição de crescimento.

Nem sabia onde era a maternidade de Brasília( o hospital que coloquei como referência), nem tive interesse em ir lá antes pós na minha cabeça o hospital estava fora de questão.

Eu não queria cesária de maneira nenhuma, mas sabia q não estava no meu controle, mas pedi aos meus mentores espirituais que não deixassem ser uma cesária( medo de cirurgia)

Fomos pra maternidade perdidos e desolados, com medo e eis que a Bárbara médica obstetra da luz já estava por lá nos esperando. De medo e angústia passando pra se sentir seguro, amparado, e acolhidos. Bárbara fez tudo só entramos na maternidade, nao tivemos que mexer um dedo, só seguir-la.

Daí depois de entrar fazer triagem fomos esperar por um quarto privado na enfermaria e nessa hora a Bárbara sentou perguntou o que estávamos sentindo, escutou primeiro eu depois o José e nos falando tudo oq tava se passando.

Ela explicou que Caduzinho estava bem, que ele tinha que nascer mas não estávamos em uma situação de emergência, tudo estava equilibrado mesmo a placenta não dando conta o corpo sábio já estava se organizando pro nascimento do Cadu.

Parto em si:

Fizemos um exame no qual escutamos o coração do Cadu por 20 min para verificar se ele, mesmo em situação de restrição de crescimento, conseguiria passar por um parto vaginal. E o exame foi um sucesso, Caduzinho firme e forte e querendo nascer sim de parto normal. E eu com contrações espaçadas, mas já ritmando de 10 e 10 min, assim a Bárbara propôs duas intervenções mecânicas, a primeira um descolamento de membranas e a segunda era a sonda.


Fizemos o descolamento e as contrações já começaram a vir mais forte. Ela falou pra eu comer e depois colocarmos a sonda para dilatar mais o colo.


Fizemos a sonda que não foi confortável, 15 minutos depois ela já caiu (ou seja dilatou o que tinha que dilatar) isso era 21:30 e começaram as contrações forte e ritmadas. Fomos pro chuveiro eu e o José ainda tava conseguindo curtir entre as contrações, colocamos nossa playlist e apagamos a luz do banheiro e ficamos dançando no chuveiro e a cada contração eu parava e apertava a mão dele. Daí fomos indo até que foi ficando mais forte e minhas pernas mais fracas eu não estava conseguindo mais ficar em pé, porém não achava posição me ajoelhei e a Gabi trouxe a bola essa hora estava punk, a cada contração o José fazia massagem nas costas na altura do sacro, e eu ia ficando casa vez mais fraca. Até que uma hora deitei em posição fetal no chão do banheiro baixo do chuveiro. Fiquei nessa posição por muito tempo, e comecei a sentir uma vontade de empurrar, e falei q tava nascendo, nessa hora tava com 7 cm de dilação e tínhamos q descer pra sala de parto normal, porque até então estávamos em um quarto do hospital.


Descer foi horrível aquela luz branca na cara, sentada em uma cadeira de rodas, chegamos na sala de parto normal e eu já estavas com muita vontade de empurrar. Não achava canto igual bicho mesmo.

Andava agachava, gemia.


Então uma hora veio uma vontade de empurrar forte eu segurei em uma maca e agachei, depois disso fiquei de quatro mas com a perna de trás levantada, tipo cachorro fazendo xixi.

Nessa hora empurrava muito e gritava e segurava no José, a Barbara e a Giovana atrás me falando que a bolsa estava saindo( não tava estourada) e eu gritava de dor até que a cabeça coroou (o tal do círculo de fogo) que eu quase morri, essa foi a dor intensa que eu pensei que ia morrer e que tinha arrebentado toda minha vagina.
Nessa hora falaram pra eu pegar na cabeça do Cadu mas eu não quis. Quando a cabeça saiu José disse que a bolsa estourou e caiu muita água, depois mais umas duas contrações e Cadu saiu.
Veio pro meu colo.
Esperamos a placenta nascer, parar de pulsar e aí então José cortou o cordão.

Fiquei bem fraca e me colocaram na cama, não pude ficar com o Cadu nos braços pela tontura mas o papai dele maravilhoso tirou a blusa e ficou a primeira hora com ele enquanto a mamãe se recuperava.
Cadu veio ao mundo pequeninho igual a mamãe, com baixo peso, porém saudável. Não quis mamar no primeiro dia apenas descansar pois foi um guerreiro.

A dor do parto é muito muito muito forte, lá na hora eu não queria pensar em ter mais filhos, terminei e pensei que não deveria ter feito isso comigo.

A frase que ficou foi: o José falou em algum momento Sylvia vc é muito corajosa e eu disse “isso não é coragem é loucura”.

Agora 2 semanas depois do parto já vejo com outros olhos. A recuperação tá sendo maravilhosa, sem dores, sem nada.


Eu ainda não processei tudo que aconteceu, até porque o puerpério é outra questão muito forte. Porém sei que inconscientemente ser capaz de passar tudo isso me mostra o quanto eu sou forte capaz e mulher.

O que me fez ter força pra passar pela dor.
Me preparei muito com meditações, conversas com pessoas que tiveram filho de parto normal, fisioterapia pélvica com a Ana Terra que me ajudou muito( lembrava da voz dela em muitas horas, não ficar tensa/ movimentar).
Ler vários relatos de parto.
Lembro de no parto pensar nas minha anscestrais e pedir força. Lembrar de respirar e que tem um tempo pra descanso. Fiz yoga que tbm me preparou bastante.
E saber a fisiologia do parto, na hora do descanso eu pedia pro meu corpo endorfina, falava mais endorfina por favor corpo mais endorfina.
Rezava pro meus mentores, pedia a Deusa força pra conseguir passar por aquilo tudo.

E agradeço a todo o universo que mandou pessoas e situações maravilhosas para vindo do Cadu.

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